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terça-feira, 20 de novembro de 2012

INAIÁ VOLTA NA LUA CHEIA


Conta a lenda amazônica que na tribo das mulheres guerreiras os homens só eram convidados para relações sexuais, com o intuito de despejarem seu sêmen para as engravidar, depois eram dispensados. Mas uma das guerreiras, Inaiá, se apaixonou por um jovem guerreiro da tribo dos manaus, e no seu íntimo o desejou para a vida inteira. Porém, a lei da tribo das amazonas era rígida, iviolável, “homem não permanecia”. Tanto que quando nascia uma criança homem ela era deixada no entorno das outras tribos.
Inaiá, então resolveu encontrar-se às escondidas com seu amado, e foi assim por algum tempo, até as outras guerreiras descobrirem. A índia foi humilhada por todas, amarrada a uma pedra e jogada no rio. Mas a Lua, que tudo observava, fez os peixes comerem as cordas que a prendiam, levando-a consigo para o céu. E até hoje, na esperança de ver o seu amado, Inaiá volta na LUA CHEIA.

De João Pinheiro Neto.

Devido a ocorrência de um fenômeno chamado perigeu, a Lua estará mais próxima da Terra. Denominado de “Super Lua”, A Lua fica até 30% maior, o efeito natural acontecerá por volta das 0h35 min (horário de Brasília) deste domingo, 06/05/2012...

COMPULSIVA


Não consigo parar de estudar
Sou assim compulsiva
O livro adoro do verbo amar
E a ele me torno exclusiva...

Quando cansada paro de ler
Fico imaginando a beleza 
Que toma conta do ser
E apaga do mundo a tristeza...

Não é por orgulho ou vaidade
Obrigação ou pretexto
Mas, na busca da verdade
Mergulho de novo no texto.

De João Pinheiro Neto.

O TAMANHO DA IMPORTÂNCIA NA AMAZÔNIA.


Aqui na Amazônia acontece cada uma. Um antropólogo foi visitar uma aldeia indígena e levou a mulher e a filhinha. A menina olha pra aquele monte de índio pelado, as mulheres com tetas ao ar livre, os homens andando de um lado pra outro com o saco e o resto balançando, e pergunta pro pai “Paiê... por que é que alguns índios têm aquilo porrudos (enorme) – apontando para o pênis dos índios -, enquanto outros têm uns tão  jitinhos (pequenininhos)?” E o pai, buscando uma resposta adequada, explica “Ah... os homens muito importantes têm o ‘bilau’ grande e os de pouca importância têm o ‘bilau’ pequeno!”. Dali a pouco, o antropólogo sente falta da sua mulher e pergunta pra filha “Filha, cadê sua mãe?”. E a cunhatã responde “Ela estava aqui, batendo papo com um índio de pouca importância. Aí, ele foi ficando cada vez mais importante e os dois foram pro meio do mato!”.

De João Pinheiro Neto.

CARUMBÉ E O CURUMIM – “Ta na hora de brincar”

O velho sábio Carumbé da tribo dos manau observava pensativo numa tarde o rio Negro quando chegou um curumim e perguntou “Tá de-mutuca pensando em quê vô?”. O velho deu uma golada no seu cauim, enxugou a boca com o braço e disse “Em como você pode me ajudar a acabar com as desigualdades”. E o moleque retrucou “Por que acabar com as desigualdades? Se derrubarmos as árvores, os pássaros não terão mais abrigos. Se acabarmos com a profundidade dos rios, todos os peixes morrerão. Se o cacique tiver a mesma autoridade que o louco, ninguém se entenderá direito. O mundo é muito grande, vamos deixá-lo com suas diferenças”. O velho Carumbé sorriu e pediu “filho, tá na hora de você me mostrar como brincar, coisas da sua idade”. Passando assim a tarde toda brincando com o curumim.
Quando os outros homens da tribo perguntaram-lhe porque fez isto, ele disse “Conheci muitos curumins e cunhantães que, em vez de brincar e fazer coisas da sua idade, procuravam entender o mundo. E nenhuma dessas crianças precoces conseguiu fazer algo de importância mais tarde, porque jamais experimentaram a inocência e a sadia irresponsabilidade da infância”.

De João Pinheiro Neto.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

DÉJÀ VU

O tempo,
ah, o tempo!
E eu aqui pensando
como parar o tempo.
Mas o tempo vem
sem ser chamado,
chega e passa.
Deixa uma leve sensação
de déjà vu,
já vi esta cena antes:
Eu parado no tempo,
olhando o que vai passar
de novo.
Mas eu não sou mais o mesmo,
sou algo entre o antes e o depois,
sou o agora,
a hora das vidas,
de todas as vidas vividas
e das que ainda vou viver,
só pra te dizer infinitas vezes...
EU TE AMO!
De João Pinheiro Neto para Carmen Lucia de Souza, em 17/07/2012, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

POR ONDE ANDA A ROSA?



O que houve com você,
minha musa apaixonada,
esqueceu-se de mim
ou a deixei magoada?
Será que fui excessivo
ou lhe faltei aos cuidados?
Ou quem sabe fui omisso
não percebendo os recados?
Talvez me faltou experiência
em lidar com os sentimentos,
ou lhe queimei com a ardência
que dominou nossos momentos.
Rosa cheirosa,
seu viço que inspira meu jardim,
perdoa este jardineiro noviço
e não se afaste de mim.
Volta a abrir pétalas de vida
para esse beija-flor excitado, pois
do seu néctar tirei a poesia e sinto falta
do seu regaço.

CHORO DE MENINA

Chore menina,
pode ser de tristeza ou de alegria.
Não tolha seus sentimentos.
Viva-os...
em pequenas porções.
Sinta-os.
Deixe que eles evoluam,
despertem teu sorriso, teu pensar.
Abre teu coração,
observa o tempo,
mas não deixa ele passar simplesmente.
Olhe em volta,
olhe para dentro, e diga:
Não choro em vão,
estou sentido o amor...



De João Pinheiro Neto.

FOGUEIRA JUNINA

Estou meio assim,
sentimento, espacial,
sei lá, entende?
Mas nada tão mal
que não possa mudar,
que me tire do sério,
ou me faça chorar.
Acho que meu coração
esconde um mistério...
Mas meus olhos gritam
com sabor de sal,
arrancando suspiros doces,
noturnos, de menina...
Será que é a fogueira
a arder dentro do peito,
dessa loucura junina?



De João Pinheiro Neto
para Ângela Galvão Lucena.

A “PARTÍCULA DE DEUS” e o CORINTHIANS

Ontem, 4 de julho de 2012, o Corinthians ganhou pela primeira vez a Copa Libertadores de América, e também foi anunciado pelos cientistas do CERN que, ao fim de 50 anos de investigação, se descobriu uma partícula nova que pode ser o bóson de Higgs, popularmente conhecida como “partícula de Deus”. Esta partícula seria a chave para explicar a origem da massa das outras partículas elementares, ou seja, a origem de toda a matéria que compõe o Universo. Mas o que tem a ver a conquista do Corinthians com a “partícula de Deus”? Nada muito a ver. Até porque o Corinthians esperou 101 anos para ganhar este título, o dobro das pesquisas feitas para se chegar à partícula.
Por um lado, as coisas da Física; por outro, as coisas do futebol; dois temas que me apaixonam. Se pelo lado da Física impressiona a persistência dos cientistas em encontrar a tal partícula; impressiona-me, de igual maneira, os “Locos” pela conquista da Libertadores.
No dia 1º de setembro de 1910 um grupo de cinco operários do bairro paulistano do Bom Retiro, sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, decidiram criar um novo time de futebol, e vinte pessoas que contribuíram com 20 mil Réis, também foram considerados sócio-fundadores. Operários têm o poder da criação, fruto do trabalho. Assim imagino Deus no momento da criação do Universo: De posse da sua “partícula” montando o Universo. Como um operário da construção civil sentando tijolos no tempo e no espaço de si mesmo.
Partícula, tempo e espaço, são a matéria prima que emana de Deus, são partes integrantes de um todo dinâmico e dialético, como deve ser o logos de Deus. Mas não quero aqui transformar meu discurso em tema teológico, mas filosófico, ou melhor, uma reflexão FILOSOFÍSICA sobre o desdobro da realidade. É por isso que creio que concomitante as preocupações com a busca do bóson de Higgs ou “partícula de Deus, deve-se buscar o “logos” de Deus, a razão ou as razões de Deus na própria essência e natureza do Cosmos. Buscando à Deus, tudo ficará mais claro, na física, na filosofia e na vida de todos. Mas, devo deixar bem claro que Deus não tem nada de ético, desejo, vontade ou quaisquer outros padrões sentimentais e culturais humanos, Deus não torce por nenhum time... Mas cuidado, o diabo está dentro das igrejas, transformando a máxima humana de “amar uns aos outros” em palavras vazias e carente de significados.
Parabéns aos Corinthianos. 



De João Pinheiro Neto


domingo, 24 de junho de 2012

GRITO

Todo dia a mesma coisa no mundo do tudo muda 
As forças já não são as mesmas de antes 
Mas continua a velha exploração das forças 
Muda as formas e os modelos de produção 
Junto com a ciência e a tecnologia 
Máquinas de metal substituem máquinas de carne 
O pensamento programado é a nova linguagem 
No entanto, as forças de trabalho ainda sangram 
Nas velhas linhas que tecem mortalhas 
No cotidiano das fábricas, na boca do dragão 
Nos malditos corredores da fome e da agonia 
E a pobreza se espalha no munda da razão 
Onde o destaque é a irracionalidade da conquista 
Do poder do capital esmagando corpos acéfalos 
Desde as muralhas da China ao "inferno verde" 
Condenados se multiplicam nas ruas, campos e avenidas 
Vermelhos estão seus olhos, nas mãos uma bandeira 
Não há mais solidão nas praças, nem luta isolada 
O mundo precisa te ouvir... 
Grita operário!  


De João Pinheiro Neto.

AGE

AGE Deus não abre portas Não existe portas Deus não te dá chance Não existe chance Deus não te pede nada Ele não precisa Deus não te fala E nem te escuta Mas ages tu... Age como se Ele não existisse E dá graças a Deus... Serás abençoado João Pinheiro Neto.

MINHA PRIMEIRA VEZ, que broxei.

Fazia uma tarde quente no campus da Universidade Federal do Amazonas (1986), mais precisamente nos corredores do ICHL. Eu estava jogando conversa fora com amigos quando “ela” passou, bela e colorida, vestida à indiana com detalhes indígenas, tipo brinco de penas e colar de sementes; outra coisa que chamava atenção era o aroma natural de flores que exalava do seu corpinho e cabelos morenos. Instintivamente, sem querer querendo, arrisquei um “Que tarde maravilhosa traz-me tua presença”. O que veio em seguida junto com seu sorriso foram suas palavras que quase me derrubaram “Oi, Johnny, nunca é tarde para uma declaração de amor. O que vais fazer hoje à noite?” Respondi “estarei no DCE”, eu era diretor do Departamento de Ciências. E ela, “você não quer assistir um concerto de música clássica?”.
Sete horas em ponto ela passou para irmos ao concerto. Um saco para mim, naquele momento, o concerto de piano do maestro Santiago e sua esposa. Quando lhe sugeri que fossemos para outro lugar, “Tudo bem”, disse ela. Eu lhe falei “vou levar você para o meio do povo”, sempre gostei de ir onde o povo está; aquele que não faz parte da elite econômica e política do país, apesar de diretamente ser o protagonista da riqueza e da constituição do Parlamento.
Fomos ao Guadalajara, antigo ponto da boemia manauense, situado no bairro da Cachoeirinha. Depois de tomarmos três cervejas, foi a vez de ela pedir “vamos para outro lugar”. Sua presença, seu jeito e suas palavras inteligentes destoavam no ambiente, enquanto os meus já faziam parte daquela “bagaça”. Perguntei “Para onde você quer ir?”. Ela, “Existem três lugares, a tua casa (eu morava numa república), a minha casa, ou um motel”. Claro que sugeri de imediato a casa dela; já que a república sempre cheia de colegas da faculdade, não daria certo; muito menos um motel, não tinha dinheiro para isso.
Quando chegamos a sua casa, morava ela e uma amiga que naquele momento estava ausente, fomos para a cozinha – o lugar especial de uma casa – tomar uma taça de vinho. Não sei, mas acho que o vinho tem certa magia para os amantes, que depois de um diálogo sobre “quem não sabe dar nada não sabe sentir nada” resolvemos ir para o quarto fazer amor. Tudo nela me fascinava, mas eram aqueles óculos cobrindo seus olhos inteligentes que davam subsídios para minha imaginação sobre aquela intelectual. Suas teses de mestrado, doutorado, cursos de especialização, reciclagem em psiquiatria, para mim se concentravam naqueles óculos. Tudo estava lindo...
Estávamos nus na cama abraçados, mas eu não conseguia manter a ereção do meu pênis... Já estávamos desistindo, quando num gesto mecânico ela tirou os óculos, me encarou, e disse “acontece amor”. Foi naquele momento que tudo ficou mais claro “Puta que pariu!”, a visão dela sem os óculos a despiu para mim, foi aí que a vi, não como uma colega de discursos, debates e simpósios, mas uma mulher, simplesmente uma mulher, sedenta de amor, carinho e ternura. E..., eu tinha tudo isso ali para dar e receber.

De João Pinheiro Neto.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

DELÍRIO

Das entranhas da Terra ao parque das sombras Do som da guerra ao tanto das sobras... Do perfil colado ao sorriso esquisito Do teu beijo alado ao toque do mosquito... Da ironia ácida ao som surdo da flauta Do coração em pauta ao silêncio da ida... Do fim do colírio ao pingo do olho Da flor que colho ao fim do delírio...
De João Pinheiro Neto.

quarta-feira, 28 de março de 2012

NO PEITO

O que queres me ouvir dizer?
Se tudo já disse pra ti,
o que precisavas saber,
nos versos do meu canto:
Que és a rosa que levo no peito,
desde quando levanto,
até quando me deito.

De JPN

FETICHE

O meu fetiche são teus olhos
rosa chão, rosa terra
São para eles toda a minha atenção
em tudo que eu faço
porque quero teus lábios beber
quero teus seios beijar
até não ter mais espaço
dentro do meu coração
para todo o êxtase de amor
que inunda minha paixão.

De JPN.

SEMPRE, INFINITAMENTE SEMPRE

Sempre, infinitamente sempre
uma rosa com amor
quando o mundo precisar de amor
quando já se esgotarem os atos
haverá sempre alguém
para oferecer-te uma flor.

domingo, 25 de março de 2012

PUTA QUE PARIU

"Vou dar um pulinho aí", e desligou o telefone. Fiquei um furacão de ansiedade, passando as páginas do cérebro, relembrando cada palavra dita "vou", "dar", "um", "pulinho", "aí". De repente me vi olhando a estante de livros e um título me chamou atenção "Princípios de Linguística Geral", com trema ainda. É, parece sacanagem, o Cara lá de cima tá curtindo com minha cara. Não tinha outro livro para Ele jogar na minha cara. Como um ímã peguei o livro e, aleatoriamente, abri em uma página, de cara uma frase se lia "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca". Foi assim que exclamei "puta que pariu!!!". Peguei o telefone e comecei a digitar uma mensagem de texto "vem logo, porra!!!". A ansiedade me fez, em vez de apertar "enviar", apertar "excluir". Tive que digitar novamente. Uma mensagem de volta lia-se "sua mensagem não foi enviada, tente mais tarde". Puta que pariu, é pra acabar!!! Só não joguei o telefone pra fora da canoa, porque ainda tinha a esperança que tu poderias ligar. Não deu outra, tocou, era você, aquele toque de chamada da nossa música, "alô", "não vai dar pra passar aí hoje não". Puta que pariu. Claro que não falei pra você escutar, mas pensei alto "puta que pariu". Foi aí que encontrei essa imagem que agora reproduzo para ti. Quando eu te pegar, não vai ter arrego!!!

De João Pinheiro Neto.

domingo, 18 de março de 2012

O TAMANHO DA IMPORTÂNCIA NA AMAZÔNIA.

Aqui na Amazônia acontece cada uma. Um antropólogo foi visitar uma aldeia indígena e levou a mulher e a filhinha. A menina olha pra aquele monte de índio pelado, as mulheres com tetas ao ar livre, os homens andando de um lado pra outro com o saco e o resto balançando, e pergunta pro pai “Paiê... por que é que alguns índios têm aquilo porrudos (enorme) – apontando para o pênis dos índios -, enquanto outros têm uns tão jitinhos (pequenininhos)?” E o pai, buscando uma resposta adequada, explica “Ah... os homens muito importantes têm o ‘bilau’ grande e os de pouca importância têm o ‘bilau’ pequeno!”. Dali a pouco, o antropólogo sente falta da sua mulher e pergunta pra filha “Filha, cadê sua mãe?”. E a cunhatã responde “Ela estava aqui, batendo papo com um índio de pouca importância. Aí, ele foi ficando cada vez mais importante e os dois foram pro meio do mato!”.

De João Pinheiro Neto.

quinta-feira, 15 de março de 2012

PAIXÃO ADOLESCENTE

Menina sapeca
Linda e dengosa
Perfume de rosa
Ativou um coração
Que estava esperando
Pulsando devagar
E na dança do destino
Queria que você fosse tudo
Tudo em minha vida
Mas quis demais
Você foi apenas um sonho
Minha paixão adolescente
Alexandra Valente.

terça-feira, 13 de março de 2012

AUSÊNCIA

Foi só uma palavra digitada "adeus"
Que fez eco no meu coração
E quebrou como um galho seco
O meu torpe orgulho insano.

Não tem mais imagem
Não tem mais bate-papo
Não tem mais palavras
Simplesmente se foi

Fico aqui curtindo outros status
Compartilhando outros Links
Postando outras fotos
Na esperança de te ver voltar

E o tempo vai passando
Os segundos viram minutos
Os minutos viram horas
E as horas meu castigo

Ah, meu dedo sobre a tecla
Pára na primeira letra do teu nome
E com os olhos estáticos
Observo o pulsar do l ... l ... l

Como meu coração...

De João Pinheiro Neto.

domingo, 11 de março de 2012

DICAS PARA DELETAR UM CORAÇÃO AMANTE.

Desenhe-o na beira da praia que as ondas do mar dão conta de apagar; faça-o à lápis em uma folha de papel e depois use uma borracha para fazê-lo sumir; pinte-o em uma tela e depois jogue outra tinta por cima; no PC digite-o ou com o mouse mova o cursor para copiar e para colar, depois seleciona e DELETA. Simples assim! Mas, para DELETAR o coração que tu amas, que te cerca com carinho e ternura, que não sai do teu pensamento, faça o seguinte: não telefona, tenha ataques de ciúme, invente mentiras, não compartilhe alegrias, pára de falar que o ama, não o procure mais. Dessa maneira é possível que o CORAÇÃO também te DELETE. Boa sorte!!!

NADA PARECE UM PONTO FINAL...

O destino te trouxe, que o destino te leve. Mas, para mim nada parece um ponto final, há sempre pontos de reticências enquanto o sangue correr em minhas veias. Aquele beijo que eu não te dei... Aquele amor que não se fez... Aquela música que não cantei... Aquela viagem que eu não fiz... Aquela estrada que não caminhei... Aquele porre que não tomei... Aquele livro que não li... Aquela poesia que eu não comecei... Aquele adeus que não pude dar... Nada disso é fato enquanto me projeto no infinito, sentindo meu coração ainda cheio de amor para ... Recomeçar...

sábado, 10 de março de 2012

MULHERES: O QUE MATA É ...

Meu avô João Pinheiro era um caboco rico de Autazes, e tinha a fama de ser muito mulherengo. Quando queria uma mulher chamava seu fiel capataz Onório para que fosse pelas redondezas e até na capital Manaus convidar uma bela moça para lhe fazer companhia. Um dia, quando o seu fiel capataz morreu, ele me chamou e disse:
- Você deve aprender uma grande lição com a morte desse capataz. Ontem à noite, eu o mandei buscar a mulher mais gostosa e fogosa de Anamã... Ele voltou com uma nativa fabulosa que me deu momentos incríveis de prazer. Em seguida, pedi para trazer outra mais experiente e sensual. E ele trouxe rapidamente uma gringa que viajava em uma companhia de teatro vindo de Manaus. Depois do prazer, mandei procurar outra virgem para ser a minha oitava esposa. Em questão de minutos, ele voltou com uma virgem lindíssima, que iniciei na arte do amor. E até amanhecer, ele ainda me arrumou mais cinco mulheres, de quem dei conta apesar dos meus sessenta anos. Mas quando ele ia voltando com a décima primeira mulher, caiu morto!
- E qual é a lição que devo aprender com a morte do capataz? – Perguntei.
E o meu avô concluiu:
- Que sexo não faz mal pra ninguém. O que mata é correr atrás das mulheres!

De João Pinheiro Neto.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

QUERENDO O CÉU

QUANDO MEU CORPO SOBRE O TEU
DESPERTA O DESEJO DE VIRAR-TE
MEU DESEJO AUMENTA QUERENDO O CÉU
DANDO-ME POR INTEIRO PARA TI

DE POSSE DO TEU LINDO CÉU
ENTRE CARÍCIAS E BEIJOS NAS TUAS COSTAS
A INTRODUÇÃO DO MEU SER NO TEU
É UMA VIAGEM FEITA DE LOUCURA

ENSOPADOS DE LÍQUIDOS E DESEJOS
ENXUGO-TE A BOCA COM MEU ROSTO
TORNANDO A MOLHÁ-LA COM A MINHA

BEM PERTO DO GOZO MARAVILHOSO
ESTIMULO O CÉU COMO CRIANÇA
BRINCANDO NO TEU BRINQUEDO
QUE ME DÁ DELÍRIOS DE EMOÇÃO E PRAZER.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CORAÇÃO DO ENTE

O CORAÇÃO DO ENTE
CONHECEU A NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO
E POR ELA SE APAIXONOU.
SABER QUE NÃO SABIA
VIROU MOTIVO DE ALEGRIA.
MARCOU-SE O PRIMEIRO ENCONTRO
NA ESQUINA DA UNIDADE COM A LUTA DOS CONTRÁRIOS.
FEZ-SE O DIA, FEZ-SE A NOITE
EM MOVIMENTO ETERNO
DEU-LHE UM BEIJO DIALÉTICO.
BEBERAM A SABEDORIA
QUE DEPOIS DE TANTA QUANTIDADE
SEUS CORPOS PEDIAM QUALIDADE.
FORAM PARA À CASA ONDE TUDO SE TRANSFORMA
E FIZERAM AQUILO QUE A TUDO SE RELACIONA.

J.P.N. (1995)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A ROSA PULOU O MURO

FAZIA CALOR NA CIDADE
QUANDO A ROSA PULOU O MURO
UMA ROSA FUJONA
QUEBRANDO AS REGRAS DO SISTEMA
SEM COMPROMISSO OU HORA MARCADA
LARGADA, VERMELHA, SOLTA, MULHER
AO MUNDO SE OFERECIA
COM UM GRITO DE LIBERDADE
ARMADA COM ESPINHOS
CONTRA AS MÃOS INIMIGAS
AMEAÇADORAS DE SUAS PÉTALAS
E DA IGUALDADE DE TODAS AS FLORES
CONSCIENTE DE QUE NÃO É PARA SEMPRE
AS INTEMPÉRIES DO DESTINO
E QUE A REVOLUÇÃO PERMANENTE
ACONTECE EM TODOS OS JARDINS
INDEPENDENTE DA COR DAS ROSAS
SEMPRE HAVERÁ UMA PULANDO O MURO
PARA UNIR TODAS AS OUTRAS


João Pinheiro Neto (1996).

COTIDIANO

MENINO BARRIGUDO CHEIRANDO COLA
PLAYBOY BABACA TOMANDO COCA-COLA
ESMOLEU LEPROSO NO CANTO DA SETE
PUTA BATENDO "TECO" NO JET-SET
                                 
                                   O GOVERNADOR MENTINDO NA TELEVISÃO
                                   ENQUANTO LADRÃO DE GALINHA MORRE NA PRISÃO
                                   E EM BRASÍLIA DEPUTADO RECEBE PROPINA
                                   PRA JOGAR TRABALHADOR NA LATRINA


O CABOCLO VOMITA JARAQUI COM CACHAÇA
O PROFESSOR FAZ TRANSPLANTE DE CABEÇA
O BOIOLA PAGA BOQUETE COM CERVEJA
E O POETA FAZ DOS VERSOS UMA PELEJA


                                    A POLÍCIA ABASTECE A CACHOEIRA
                                    MARIA PRETINHA TÁ SÓ A CAVEIRA
                                    ENQUANTO O DELEGADO CORRE ATRÁS DE GALERA
                                    PAULO MUTIRÃO TOMA UM COPO DE CÓLERA


O PASTOR GANHA MAIS UM TOSTÃO
EMBRIAGANDO O IRMÃO COM RESIGNAÇÃO
CALANDO UM GRITO DE PROTESTO
QUE SE CONTENTA EM COMER RESTO


                                    MANAUS EM MERDA SE ACOMODA
                                    COMO UM BÊBADO NA MADRUGADA
                                    FAZENDO XIXI NA PORTA DA MATRIZ
                                    CANTANDO PRA LUA QUE É FELIZ.


João Pinheiro Neto (1995)

AMOR SELVAGEM

AMOR SELVAGEM

FAZER AMOR NORMAL
NÃO ME SATISFAZ
QUERO UM AMOR SELVAGEM
COM GOSTO DE MATO
UM AMOR SEM PRECONCEITO
IMORAL, ORAL, ANAL
TEU PELO ROÇANDO O MEU
UM BEIJO TARTARUGA
DEVAGARINHO E GOSTOSO
ENQUANTO LÁ FORA A CIDADE EXPLODE
A GENTE SÓ FODE
E QUANDO TERMINAR
EU TIVER DE IR
QUERO PASSAR PELA PORTA
LEVANDO GOTAS DE AMOR
COM A CERTEZA DE VOLTAR
ANSIOSO PELO MOMENTO
DE FAZERMOS TUDO DE NOVO.

João Neto (1995)

SEM PONTO DE CHEGADA

Amar você não tem nada igual
É procurar no teu corpo um tesouro
Uma aventura de prazer
Uma explosão de amor


Teus beijos são sonhos de valsa
Enquanto entro e saio do teu ser
Toda vez que nossos corpos se misturam
Em noites quentes de verão


Toda vez que eu te olhar
Vou lembrar como era lindo
O amor que eu te dei
Hoje o Sol só traz saudades
Lembranças belas de nós dois


Não vá embora
Quero você aqui perto
Tuas mãos, tuas unhas, teu suor
Tua boca, tua língua, tuas coxas
Teu sexo e muito mais


Uma vida de muitas emoções
Numa turbulência sossegada 
Inconstante
Sem ponto de chegada. 


João Pinheiro Neto
1995

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO.

Vivemos hoje num mundo dominado pela velocidade onde coisas acontecem muito mais rápido do que algumas décadas atrás. Tudo isso graças às descobertas científicas e ao desenvolvimento tecnológico que, concomitantemente, acarretam transformações tanto nas estruturas como nas relações e valores sociais.


A família dentro deste contexto não poderia se apresentar diferente. Basta olhar para a História que vamos constatar as mudanças pelo qual ela passou. Hoje existem muitos modelos de organização familiar, que torna-se difícil estabelecer padrões e, isso dificulta estabelecer novos conceitos.


Atualmente a gênese da família independe do referendo institucional. A união de pessoas é mais aberta, ou seja, não precisa autorização nem do sagrado, nem do profano, é mais um "acordo" entre as partes. Tal união implica responsabilidades da convivência comum: o sustento, a criação e educação dos filhos, e de outros que de alguma maneira dependem desta união.


E é justamente da responsabilidade que se tem sobre àqueles que nos são dependentes que vamos refletir agora. Porque pouco importa o modelo familiar, mas os valores sociais e humanos positivos que se tem por obrigação semear entre os nossos. Isto é, além de proventos materiais, também aqueles que servem para o alicerce do caráter e da personalidade.


Se é difícil amar o próximo como a si mesmo, vamos começar devagar, vamos respeitar os direitos do outro para, também, sermos respeitados. Implica dizer que ao mesmo tempo que se deve respeitar os direitos humanos e as instituições legais luta-se, também, para defendê-las das arbitrariedades, das injustiças e do descaso. Imagine que neste momento pessoas estão sendo vítimas dessas coisas.


Se é verdade que o mundo está cheio de drogas, violência e miséria, também é verdade que se estivermos unidos na luta para à solução dos problemas, com objetivos comuns, podemos senão acabar pelo menos abrir caminho na direção da solução de muitos.


Escola, comunidade e família podem não ser a mesma coisa, mas fazem parte da mesma realidade, por isso, é que se deve estar sempre fazendo a ponte de ligação para o tráfego de informações, experiência e sugestões que nos ajudem a entender melhor o sistema para transformá-lo.


Nossas crianças não precisam de exemplos petrificados, nem de espelhos alheios, elas precisam é ser ouvidas, interagir, participar com a família, com a comunidade, com o país e o mundo. Pois, é justamente participando das questões que se constrói o caráter e a personalidade de futuros cidadãos. Se não lhes dermos a oportunidade para este engajamento sadio em grupos de ação, se não lhes dermos "motivos" para lutar por um mundo melhor, corre-se o risco de vê-los em grupos delinquentes, rebeldes sem causa, dependentes de substâncias alienadoras, idiotizados pela falta de discernimento.


Coisa ruim anda junto com coisa ruim: droga com tráfico, tráfico com violência, violência com prostituição, prostituição com doença, doença com abandono, abandono com falta de educação, falta de educação com miséria, miséria com analfabeto político, analfabeto político com idiotice.


Coisa boa anda junto com coisa boa: meu pai, minha mãe, meus irmãos, minhas boas amizades, meus mestres e eu.


De João Pinheiro Neto.







quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ARTESÃ DO CORAÇÃO

Sabe aquela gente
Das mãos habilidosas
Gente como a gente
Amigas e bondosas
Que com toda paciência
Tece do coração
Ternura e paixão.
E com toda a experiência
Sonho e esperança
Espalha todo dia 
Alegre como criança
A felicidade
Em todo canto do mundo.
Mas não teve o que fazer
Tocou o coração
Desse pobre vagamundo.
Agora não tem mais jeito
Artesã do coração
Prepara a nossa festa
Ganhou para sempre
O homem da floresta.

De J.P.N.







Criando sonhos

UM GRANDE SONHO

Sempre procuro razões pra entender de onde veio esse sentimento que teima aqui dentro do meu peito. 
Foi tudo acontecendo naturalmente e até hoje é assim. 
Nunca precisei forçar nenhuma situação, mas veio ficando ficando ficando. 
Agora não tem mais jeito, parece que tudo o que você representa era exatamente a parte que faltava em mim.
Quando falavam em almas gêmeas perto de mim, eu achava uma grande leseira. 
Dizia ser impossível você gostar tanto de alguém, ainda mais em "beijos e abraços digitados" via "enter" viajando pelo espaço virtual. 
Parece que vivo, na verdade, um grande sonho, um mundo "matrix". 
Espero que com o passar dos tempos, simultaneamente, digitando em meu teclado e movimentando o mouse eu possa me transportar para o teu lado, 
ficar contigo para sempre. 

De J.P.N.

O SABOR DE UMA LÁGRIMA

Nada ao sal 
No mar e na terra. Então,
Qual significado teria para os olhos
O sabor de uma lágrima
Que nos lábios se mistura?
Secar a boca? Induzir soluços?
Calar teu nome? Impossível
Não, não é assim tão fácil!
Se maiores são o mar e a terra
Dentro do meu coração
Onde o amor escreve teu nome
Ficam tão pequenos
Que viram gotas
Sobem para os olhos
E descem em forma de lágrimas
Traduzindo minha saudade.



De João Pinheiro Neto.

sábado, 7 de janeiro de 2012

NO FACE

O que guarda o teu coração
Que é segredo bem guardado
Que mesmo em face das maiores crises
Preferes ficar calada em oração.

Ave noturna cibernética
No meu peito fizeste um ninho
Bem aqui do lado esquerdo
Juntando palavras de carinho

Não foi preciso ir tão longe
Um lugar que não existe
Quando o pensamento voa
O coração não fica triste

Hoje fico contando as horas
Pra te ver no Facebook
Não sei se estou ficando louco
Ou se o tic-tac virou batuque.

De João Pinheiro Neto.
Manaus, 07/01/2012