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terça-feira, 20 de novembro de 2012

INAIÁ VOLTA NA LUA CHEIA


Conta a lenda amazônica que na tribo das mulheres guerreiras os homens só eram convidados para relações sexuais, com o intuito de despejarem seu sêmen para as engravidar, depois eram dispensados. Mas uma das guerreiras, Inaiá, se apaixonou por um jovem guerreiro da tribo dos manaus, e no seu íntimo o desejou para a vida inteira. Porém, a lei da tribo das amazonas era rígida, iviolável, “homem não permanecia”. Tanto que quando nascia uma criança homem ela era deixada no entorno das outras tribos.
Inaiá, então resolveu encontrar-se às escondidas com seu amado, e foi assim por algum tempo, até as outras guerreiras descobrirem. A índia foi humilhada por todas, amarrada a uma pedra e jogada no rio. Mas a Lua, que tudo observava, fez os peixes comerem as cordas que a prendiam, levando-a consigo para o céu. E até hoje, na esperança de ver o seu amado, Inaiá volta na LUA CHEIA.

De João Pinheiro Neto.

Devido a ocorrência de um fenômeno chamado perigeu, a Lua estará mais próxima da Terra. Denominado de “Super Lua”, A Lua fica até 30% maior, o efeito natural acontecerá por volta das 0h35 min (horário de Brasília) deste domingo, 06/05/2012...

COMPULSIVA


Não consigo parar de estudar
Sou assim compulsiva
O livro adoro do verbo amar
E a ele me torno exclusiva...

Quando cansada paro de ler
Fico imaginando a beleza 
Que toma conta do ser
E apaga do mundo a tristeza...

Não é por orgulho ou vaidade
Obrigação ou pretexto
Mas, na busca da verdade
Mergulho de novo no texto.

De João Pinheiro Neto.

O TAMANHO DA IMPORTÂNCIA NA AMAZÔNIA.


Aqui na Amazônia acontece cada uma. Um antropólogo foi visitar uma aldeia indígena e levou a mulher e a filhinha. A menina olha pra aquele monte de índio pelado, as mulheres com tetas ao ar livre, os homens andando de um lado pra outro com o saco e o resto balançando, e pergunta pro pai “Paiê... por que é que alguns índios têm aquilo porrudos (enorme) – apontando para o pênis dos índios -, enquanto outros têm uns tão  jitinhos (pequenininhos)?” E o pai, buscando uma resposta adequada, explica “Ah... os homens muito importantes têm o ‘bilau’ grande e os de pouca importância têm o ‘bilau’ pequeno!”. Dali a pouco, o antropólogo sente falta da sua mulher e pergunta pra filha “Filha, cadê sua mãe?”. E a cunhatã responde “Ela estava aqui, batendo papo com um índio de pouca importância. Aí, ele foi ficando cada vez mais importante e os dois foram pro meio do mato!”.

De João Pinheiro Neto.

CARUMBÉ E O CURUMIM – “Ta na hora de brincar”

O velho sábio Carumbé da tribo dos manau observava pensativo numa tarde o rio Negro quando chegou um curumim e perguntou “Tá de-mutuca pensando em quê vô?”. O velho deu uma golada no seu cauim, enxugou a boca com o braço e disse “Em como você pode me ajudar a acabar com as desigualdades”. E o moleque retrucou “Por que acabar com as desigualdades? Se derrubarmos as árvores, os pássaros não terão mais abrigos. Se acabarmos com a profundidade dos rios, todos os peixes morrerão. Se o cacique tiver a mesma autoridade que o louco, ninguém se entenderá direito. O mundo é muito grande, vamos deixá-lo com suas diferenças”. O velho Carumbé sorriu e pediu “filho, tá na hora de você me mostrar como brincar, coisas da sua idade”. Passando assim a tarde toda brincando com o curumim.
Quando os outros homens da tribo perguntaram-lhe porque fez isto, ele disse “Conheci muitos curumins e cunhantães que, em vez de brincar e fazer coisas da sua idade, procuravam entender o mundo. E nenhuma dessas crianças precoces conseguiu fazer algo de importância mais tarde, porque jamais experimentaram a inocência e a sadia irresponsabilidade da infância”.

De João Pinheiro Neto.