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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

EU E ADENILTON “PINTO” E A DIVISÃO DAS ALMAS POR DEUS E O DIABO.


Eu e Adenilton Pinto tínhamos tomado todas sexta à noite num boteco no Beco do Macêdo e estávamos já voltando para a Casa do Estudante, ali pela rua por trás do cemitério São João Batista, quando ouvimos duas vozes vindas lá de dentro do outro lado do muro alto, tipo assim “Uma é minha, uma é tua... Uma é minha, outra é tua...”. Então eu disse “Porra, Pinto, é o fim do mundo, só pode ser Deus e o Diabo dividindo as almas dos mortos”.  Quando de repente uma voz falou “Beleza, quando acabarmos aqui vamos pegar aquelas duas que estão lá fora”. O Adenilton Pinto olhou pra mim aterrorizado gritando “Cooooorreeeeeeee... camaradaaaaaaa...”.  Uma semana depois, nós passando a tarde pelo cemitério resolvemos conferir o caso perguntando para os coveiros de plantão se eles já tinham presenciado fato relativo, qual foi a nossa surpresa quando responderam gargalhando que “geralmente nós, antes de irmos embora pra casa, subimos nas mangueiras para apanhar mangas rosa, e de vez em quando cai uma ou duas mangas para o outro lado do muro”.

De João Pinheiro Neto, o filho de dona Etelvina.