Quando se forjou a palavra DEMOCRACIA na Grécia antiga (c 500 a. C.) pegou-se a palavra DEMO (povo) e CRACIA (poder) significando então PODER DO POVO, no entanto, naquele momento o poder estava realmente nas mãos da elite sócio-econômica, enquanto as mulheres, os jovens, trabalhadores livres pobres e escravos que compunham a grande maioria da população estavam excluídos deste poder político.
Até hoje a História vem demonstrando que o poder político sempre esteve ou está nas mãos de uma classe dominante (o amo, o senhor feudal, a burguesia), e a classe dominada sempre esteve lutando pelo seu espaço político-social. E nos países que tentaram modificar esta situação com a revolução socialista (século XX) acabaram desviando-se do objetivo comunista de colocar a pátria sob o domínio da classe trabalhadora exercendo em toda a sua plenitude a DEMOCRACIA; ao invés disso, os países socialistas, estabeleceram uma casta burocrática com os membros do PARTIDO COMUNISTA assumindo uma posição elitista privilegiada em detrimento das classes populares.
Então no ESCRAVISMO, FEUDALISMO, CAPITALISMO (mercantil, industrial, financeiro) e no SOCIALISMO (orgânico, oligárquico), na verdade o povo trabalhador, as camadas populares nunca estiveram no poder ou geriram tal poder que justificasse a palavra DEMOCRACIA. Mas a luta continua até hoje pela redenção da classe trabalhadora, por uma justa distribuição de renda e autogestão trabalhista.
Quando se pergunta “que sistema será o futuro da humanidade”, eu garanto que para àqueles que estão no poder sob o regime CAPITALISTA a História já acabou, não há futuro alternativo ao capitalismo, o que poderia existir no máximo seria ajustes ao sistema para ficar adequado aos interesses dos ricos. E os fracassos das tentativas SOCIALISTAS (que não significam o seu fim) no século passado servem de exemplo e alerta para quaisquer propostas de mudança no sistema capitalista. As mídias dominantes defendem o regime capitalista sagrado contra qualquer alternativa profana de mudar o Status quo.
Sabemos que o SONHO só acaba na padaria, mas logo o padeiro trata de fazer mais. No caso das camadas populares e suas lutas por um país justo, igualitário que respeite os direitos trabalhistas e previdenciários o sonho nunca acaba, porque enquanto houver um trabalhador explorado e tolhido de sua representatividade A LUTA VAI CONTINUAR.
João Pinheiro Neto, filósofo.