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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

QUE SISTEMA SERÁ O FUTURO DA HUMANIDADE

Quando se forjou a palavra DEMOCRACIA na Grécia antiga (c 500 a. C.) pegou-se a palavra DEMO (povo) e CRACIA (poder) significando então PODER DO POVO, no entanto, naquele momento o poder estava realmente nas mãos da elite sócio-econômica, enquanto as mulheres, os jovens, trabalhadores livres pobres e escravos que compunham a grande maioria da população estavam excluídos deste poder político.

Até hoje a História vem demonstrando que o poder político sempre esteve ou está nas mãos de uma classe dominante (o amo, o senhor feudal, a burguesia), e a classe dominada sempre esteve lutando pelo seu espaço político-social. E nos países que tentaram modificar esta situação com a revolução socialista (século XX) acabaram desviando-se do objetivo comunista de colocar a pátria sob o domínio da classe trabalhadora exercendo em toda a sua plenitude a DEMOCRACIA; ao invés disso, os países socialistas, estabeleceram uma casta burocrática com os membros do PARTIDO COMUNISTA assumindo uma posição elitista privilegiada em detrimento das classes populares.

Então no ESCRAVISMO, FEUDALISMO, CAPITALISMO (mercantil, industrial, financeiro) e no SOCIALISMO (orgânico, oligárquico), na verdade o povo trabalhador, as camadas populares nunca estiveram no poder ou geriram tal poder que justificasse a palavra DEMOCRACIA. Mas a luta continua até hoje pela redenção da classe trabalhadora, por uma justa distribuição de renda e autogestão trabalhista.

Quando se pergunta “que sistema será o futuro da humanidade”, eu garanto que para àqueles que estão no poder sob o regime CAPITALISTA a História já acabou, não há futuro alternativo ao capitalismo, o que poderia existir no máximo seria ajustes ao sistema para ficar adequado aos interesses dos ricos. E os fracassos das tentativas SOCIALISTAS (que não significam o seu fim) no século passado servem de exemplo e alerta para quaisquer propostas de mudança no sistema capitalista. As mídias dominantes defendem o regime capitalista sagrado contra qualquer alternativa profana de mudar o Status quo.

Sabemos que o SONHO só acaba na padaria, mas logo o padeiro trata de fazer mais. No caso das camadas populares e suas lutas por um país justo, igualitário que respeite os direitos trabalhistas e previdenciários o sonho nunca acaba, porque enquanto houver um trabalhador explorado e tolhido de sua representatividade A LUTA VAI CONTINUAR.

João Pinheiro Neto, filósofo.

quinta-feira, 1 de março de 2018

MEU PAI TEM TUDO

A professora dava aula sobre o tema "ninguém tem tudo".
Ana levanta o dedo:
Professora, meu pai tem tudo:
TV,
telescópio,
DVD,
Mercedes...
Tudo bem, diz a professora, mas será que tem uma lancha?
Ana reflete e diz:
Bem, não...
Viu, não podemos ter tudo.
Professora, disse Artur, meu pai tem tudo:
TV,
telescópio,
DVD,
Mercedes,
Lancha,...
Sim, responde a professora, mas será que tem um avião particular?
Depois de refletir, Artur responde:
Bem, não...
Está vendo que não se pode ter tudo na vida, disse a professora.
Joãozinho levanta o dedo e diz:
Professora, meu pai, AGORA, tem tudo...
Será? disse a professora.
Certeza, pois sábado passado, quando minha irmã apresentou seu novo namorado, afrodescendente mas com o cabelo loiro, tatuado, usando brinco, de bonezinho virado, *“CAMISA DO MENGO”*, cueca aparecendo o rego da bunda ...
Meu pai disse:
PUTA QUE PARIU, ERA SÓ O QUE ME FALTAVA !!!...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

REFLEXÕES DO MEU PAI

Meu pai tinha muitos problemas. Dormia mal e se sentia exausto. Era irritado, mal humorado e amargo. Até que um dia, de repente, ele mudou.

Um dia, minha mãe disse-lhe:
- Amor, estou há três meses à procura de um emprego e eu não encontrei nada. Vou tomar chá com as minhas amigas.

Meu pai respondeu:
- está bem...

Meu irmão disse-lhe:
- Pai, vou mal em todas as matérias da Faculdade.

Meu pai respondeu:
- está bem. Você vai se recuperar. E se não o fizer, você poderá repetir o semestre. Mas você vai pagar sua taxa de matrícula.

Minha irmã disse:
- Pai, bati meu carro.

Meu pai respondeu:
- está bem, filha. Leve-o para a oficina e procure uma forma de como pagar. E enquanto eles consertam, vá andando de ônibus ou metrô.

Sua nora disse-lhe:
- sogro, eu vim passar alguns meses com vocês.

Meu pai respondeu:
- está bem. Acomode-se no sofá da sala e procure alguns cobertores no armário.

Todos, na casa do meu pai, nos reunimos preocupados em ver essas suas reações.

Nós propusemos, então, fazer um "questionamento" a ele para afastar qualquer possibilidade de reação que fosse provocada por alguma medicação antibirras.

Mas, qual não foi a nossa surpresa, quando o meu pai nos explicou:

"Demorou muito tempo para perceber que cada um é responsável por sua vida. Levei anos psra descobrir que minha angústia, meus cartões de crédito, meu cinismo, minha coragem, minha depressão, meus deboches, minha ignorância, minha irritação, minha insônia, minha mortificação, minha raiva, meu silêncio e meu stress não resolveriam os seus problemas. Mas, sim, exacerbaram os meus."

Eu não sou responsável pelas ações dos outros. Eu sou responsável pelas reações de como eu me expresso perante elas.
Portanto, cheguei à conclusão que o meu dever para comigo mesmo é manter a calma e deixar que cada um resolva aquilo da forma que lhe convier.

Tenho feito cursos de Yoga, de meditação, de milagres, de desenvolvimento humano, de higiene mental, de vibração e programação neuro-linguística. E, em todos eles, eu encontrei um denominador comum: no final, todos nos levam ao mesmo ponto. Ou seja, eu só posso ter ingerência sobre mim mesmo. Vocês têm  todos os recursos necessários para resolver suas próprias vidas.
Eu só posso dar meu conselho se, por acaso, me pedirem. E cabe a vocês decidirem segui-lo ou não.
Então, de hoje em diante, parei de ser o receptáculo de suas responsabilidades, o carregador de suas culpas, a lavanderia dos seus remorsos, o advogado de seus defeitos, o Muro das Lamentações, o depositário das suas funções, que resolvem seus problemas ou sua borda de reposição para cumprir suas responsabilidades.

De agora em diante, eu vos declaro todos adultos, independentes e autossuficientes.

Todos na casa do meu pai permaneceram em silêncio.

Desde aquele dia, a família começou a funcionar melhor, porque todo mundo em casa sabe exatamente o que lhes cabe fazer.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

O BOATEIRO E O CORONEL

Já quase no final da Ditadura Militar no início dos anos 1980 descíamos a rua Ramos Ferreira quando terminava as aulas do curso de Filosofia no antigo ICHL situado na rua Emílio Moreira e caminhávamos em direção ao Bar Nossa Senhora da Conceição, que ficou conhecido depois como Bar do Armando, na rua 10 de Julho, Centro da cidade de Manaus, para tomar aquela cerveja gelada servida pelo português Armando. O bar, muito diferente do que é hoje, era freqüentado por poucas pessoas, como estudantes da Faculdade de Educação – FACED que ficava ali perto, professores, intelectuais, e outros.
Entre os freqüentadores encontrávamos um sujeito que adorava contar boatos sobre a “ditadura e os milicos”. E entre os ouvintes cotidianos estava um coronel que nunca se preocupou em se apresentar ou demonstrar que era coronel de fato. Mas com o passar do tempo os boatos começaram a incomodar o coronel, que resolveu fazer uma “pegadinha” com o nosso contador de boatos. Convocou seu pequeno destacamento militar, todos fardados, inclusive ele mesmo com sua farda de coronel; e, em seus “jeeps” rumaram para o Bar do Armando.
Quando o coronel chegou ao Bar com a operação de araque se dirigiu ao boateiro e disse: - O senhor está preso e será julgado por um júri militar, caso condenado será executado por um pelotão de fuzilamento.
Assim levaram o dito cujo, simularam um júri e a condenação por fuzilamento. Colocaram-no ao paredão e o coronel gritou: - Pelotão, atenção, preparar, apontar, fogo! As balas eram de festim, mas deram um susto danado no homem.
- Isso é pra você não sair por aí falando mal das Forças Armadas, entendeu? Fora daqui, seu pinguço da peste. - Disse o coronel dando um empurrão no camarada.
No outro dia, lá estava nosso amigo do mesmo jeito bebendo e proseando com os companheiros. Um deles pergunta: - Então, Toscano! Como foi lá no quartel?
O nosso boateiro chama todos para perto de si e cochicha mais uma: - Camaradas, o que estão falando por aí é verdade, a ditadura ta chegando ao fim. Acreditem, eles não têm nem balas!!!