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quinta-feira, 23 de junho de 2016

“BODÓ NO VINHO”

Não há dúvida de que o Festival de Parintins (Amazon, Brazil) é a maior festa folclórica do planeta, movimentando nesta época do ano um grande número de pessoas do mundo inteiro. Estas pessoas muito curiosas em relação ao festival, também vêm ávidas para conhecer a floresta, os animais, os rios e a diversificada cultura amazônica.
E foi na movimentada Parintins que João, cabôco da capitá Manaus, ouviu um cabôco nativo da ilha gritando na porta do seu restaurante “Venham, venham, venham comer um delicioso BODÓ NO VINHO”. E João que em muitos lugares já tinha experimentado o suculento churrasco gaúcho, o apimentado acarajé baiano, a sortida feijoada carioca, o tutu à mineira, a maniçoba paraense, o pato no tucupi, o conhecido tambaqui no tucupi do Amazonas. Mas, “Bodó no Vinho” nunca tinha experimentado ou ouvido falar. Então... parou na na frente do estabelecimento do cabôco, sentou-se a uma mesa chamando o homem pediu “Amigo, sirva-me, por favor, este “Bodó no Vinho”. “Perfeitamente, cidadão” falou o cabôco, e foi providenciar. Minutos depois o homem chegou trazendo na folha da bananeira um bodó assado, uma cuia de farinha do uarini, pimenta murupi, e um baião de dois. João quando viu aquilo tudo franziu o cenho e esbravejou “Que negócio é esse, companheiro!!! Não foi isso que eu pedi, eu pedi “Bodó no Vinho”. E, o cabôco sem também entender a surpresa do cidadão retrucou “Mas tu será já besta, taí o bodó, novinho, novinho, novinho, pescado agora mesmo”.


De João Pinheiro Neto.