Não há dúvida de que o Festival de Parintins (Amazon, Brazil)
é a maior festa folclórica do planeta, movimentando nesta época do ano um
grande número de pessoas do mundo inteiro. Estas pessoas muito curiosas em
relação ao festival, também vêm ávidas para conhecer a floresta, os animais, os
rios e a diversificada cultura amazônica.
E foi na movimentada Parintins que João, cabôco da capitá
Manaus, ouviu um cabôco nativo da ilha gritando na porta do seu restaurante “Venham,
venham, venham comer um delicioso BODÓ NO VINHO”. E João que em muitos lugares
já tinha experimentado o suculento churrasco gaúcho, o apimentado acarajé
baiano, a sortida feijoada carioca, o tutu à mineira, a maniçoba paraense, o
pato no tucupi, o conhecido tambaqui no tucupi do Amazonas. Mas, “Bodó no Vinho”
nunca tinha experimentado ou ouvido falar. Então... parou na na frente do
estabelecimento do cabôco, sentou-se a uma mesa chamando o homem pediu “Amigo,
sirva-me, por favor, este “Bodó no Vinho”. “Perfeitamente, cidadão” falou o
cabôco, e foi providenciar. Minutos depois o homem chegou trazendo na folha da
bananeira um bodó assado, uma cuia de farinha do uarini, pimenta murupi, e um
baião de dois. João quando viu aquilo tudo franziu o cenho e esbravejou “Que
negócio é esse, companheiro!!! Não foi isso que eu pedi, eu pedi “Bodó no Vinho”.
E, o cabôco sem também entender a surpresa do cidadão retrucou “Mas tu será já
besta, taí o bodó, novinho, novinho, novinho, pescado agora mesmo”.