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quinta-feira, 18 de junho de 2015
A MORENA E O CATOLÉ
Era uma noite quente de Junho e por toda a cidade você encontrava festas folclóricas, fogueira, fogos de artifício e bombinhas de salão.
Eu estava em uma taberna ao lado de casa comprando uns catolés para soltar na rua - a bombinha tem uma explosão muito forte. Tanto é que hoje mesmo assisti um vídeo em que um catolé estourou dentro do colete de um policial num treinamento rotineiro que arrebentou o colete causando ferimentos no infeliz. Bem, voltando ao assunto, eu tinha 15 anos, menino travesso, peguei um catolé e acendi jogando-o na rua, mas por acidente na hora que vinha passando uma morena linda dos cabelos compridos. O catolé estourou no cabelo da garota. Imagina o nervosismo que fiquei! A sorte é que não teve ferimentos, mas a menina veio em minha direção e me esculhambou de todas as maneiras e foi embora. Mas desde então a imagem daquele anjo nunca mais saiu da minha cabeça.
E pelas voltas que o mundo dá, eu conheci e fiz amizade com uma jovem morena que mais tarde descobri que era irmã da garota do catolé. Quando fui apresentado à ela pela irmã, ela não me reconheceu, e logo nos tornamos muito íntimos e começamos a namorar.
Um certo dia resolvi contar pra ela que eu era o cara que jogou o catolé no seu cabelo. Tomei coragem e contei. A reação dela foi olhar nos meus olhos e dizer "Não acredito", eu disse que era verdade. E falei que desde aquele dia a sua imagem nunca tinha saído do meu pensamento... e ia continuar falando quando de repente calou-me com um beijo.
Vamos soltar bombinhas, mas cuidado para não se queimar ou queimar os outros. Tive sorte, acendeu meu coração! E foi bom demais.
De João Pinheiro Neto.
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